O seu currículo está montado, atualizado e pronto para ser enviado. Mas, espere um pouco: que tal aumentar as suas possibilidades? Ter um currículo em inglês é uma forma de abrir (mais) portas. Ele é importante não apenas para quem deseja trabalhar fora, mas também para quem planeja se candidatar a vagas em empresas de grande porte ou multinacionais aqui no Brasil.
Porém, é preciso cuidado para evitar erros na hora de traduzir suas informações. Conheça alguns dos mais comuns e saiba como evitá-los!
Informações desatualizadas ou falsas
Mantenha o seu currículo atualizado. Afinal, nunca se sabe quando uma oportunidade pode surgir. E jamais minta no currículo. Muitas informações, como a fluência em um idioma e conhecimento na área, podem ser facilmente verificadas na entrevista.
A mentira compromete seriamente a credibilidade do candidato e, certamente, nenhuma empresa busca alguém com este perfil. Lembre-se de que o currículo é o primeiro contato com a empresa. Ele precisa ser atrativo, completo, objetivo e, acima de tudo, verdadeiro.
Traduções malfeitas
Os tradutores automáticos podem ser armadilhas. Procure usá-los apenas para tirar dúvidas simples, como a ortografia ou significado de uma palavra, lembrando-se sempre de que elas podem ter aplicações distintas em línguas diferentes.
No tradutor do Google, por exemplo, as traduções para “undergraduate student” e “graduate student” são, a princípio, a mesma: “estudante graduado”. Porém, estes termos significam coisas diferentes, como explicaremos a seguir.
O segredo para não errar é estudar a língua e procurar enriquecer o seu vocabulário sempre, para evitar erros básicos.
Falta de organização
O currículo em inglês possui uma estrutura um pouco diferente da qual estamos acostumados no Brasil. Comece com seus dados pessoais (personal information), como nome completo (full name), endereço (address), telefone (phone) ou celular (mobile) e e-mail.
Depois, resuma seu objetivo profissional (objective), informando a área na qual deseja atuar e o cargo, se for o caso. Depois, especifique sua formação acadêmica (educational background). Cuidado com os termos! Aqui, temos vários falsos cognatos — palavras escritas de forma parecida nas duas línguas, mas que significam coisas diferentes.
Por exemplo, um aluno de graduação é um undergraduate student e de pós-graduação é um graduate student. Ao informar seus cursos, use as siglas B.A. ou B.S. (graduação/bacharelado), Msc (mestrado) e PhD (doutorado).
Na experiência profissional (professional background), informe os nomes das empresas, cargos, atividades e períodos. Depois, os conhecimentos adicionais, como os idiomas que você fala (languages), que podem ser fluentes (fluent), avançados (advanced), intermediários (intermediate) ou básicos (basic). Procure não exagerar a competência neste item, pois é uma informação que pode ser facilmente checada — como todas as demais no currículo. Você encontra, em nosso blog, algumas dicas para descobrir se você é fluente em inglês.
Liste também seus cursos (extracurricular activities), certificações (certification), artigos (articles), experiências internacionais (international trips), prêmios (awards) e conhecimentos em informática (computer skills). Trabalhos voluntários (volunteer work) também valorizam sua experiência. Caso seja uma exigência da vaga, coloque sua pretensão salarial (expected salary). E, se possuir, reúna referências profissionais (references)
Visual carregado
Um currículo deve ser fácil de visualizar e conciso, com até duas páginas, de preferência. Use uma fonte maior que 10, justifique o texto, evite usar muitas fontes diferentes, cores ou imagens.
Erros ortográficos e de coerência
Revise o currículo quantas vezes considerar necessário, pois erros ortográficos depõem contra o candidato. E, em uma língua diferente da sua, esse cuidado precisa ser redobrado.
Considere algumas diferenças naturais da linguagem — por exemplo, em inglês, pontos e vírgulas são usados de forma “invertida” no caso dos números — o numeral mil, em português, se escreve “1.000” e, em inglês, “1,000”.
Cuidado também com a construção das frases. Prefira frases simples, mais curtas — elas são apostas mais seguras, especialmente, se você não se sente 100% confiante com o idioma.
E fique atento aos tempos verbais. O Present Perfect, por exemplo, expressa uma ação que começou no passado e continua. Por exemplo, “I have worked at X since 2014”. Já o Simple Past se refere a algo que acabou: “I worked at X”.
Agora que você já sabe como elaborar um bom currículo em inglês, não deixe de ler o nosso artigo: 7 segredos para conseguir uma promoção no trabalho!