Foi-se o tempo em que o mundo dos negócios era um ambiente exclusivamente masculino. Apesar de ainda ser muito mais comum ver homens à frente dos maiores negócios do mundo, o empreendedorismo feminino tem ganhado cada vez mais força. E no Brasil não é diferente!

Continue lendo para conferir alguns números impressionantes sobre as mulheres empreendedoras do nosso país e entenda a importância delas!

O contexto do empreendedorismo feminismo no Brasil

Apesar de ainda ser relativamente recente o destaque que as mulheres empreendedoras têm recebido, não é de hoje que elas estão conquistando espaço no mercado.

De acordo com um estudo realizado pelo Sebrae analisando dados de 2001 até 2011, o número de empreendedoras no Brasil cresceu 21,4% na primeira década do milênio. E só para não deixar dúvidas, o estudo também apontou que, para os homens, esse número foi de 9,8%.

Hoje, o público feminino já representa 51,62% dos novos empreendedores do país. São mais de 5 milhões de mulheres à frente de suas próprias empresas, o que corresponde a 8% de todas as brasileiras, de acordo com um levantamento da Serasa Experian.

Ainda segundo o levantamento da Serasa, as mulheres responsáveis por esses números impressionantes estão na faixa dos 44 anos, em sua maioria na região Sudeste (55,06%), e administram principalmente microempresas (35,8%).

Os motivos para esse crescimento

Em um estudo sobre os avanços do empreendimento feminino ao redor do mundo, o Global Entrepreneurship and Development Institute (Instituto de Empreendedorismo e Desenvolvimento Global, ou GEDI) aponta 15 pilares a partir dos quais avalia o índice de empreendedorismo feminino (FEI) em cada país.

Na edição de 2015 da pesquisa, o instituto apontou como as principais características do mercado brasileiro que incentivam o crescimento das mulheres:

  1. A relação entre homens e mulheres empreendedores;

  2. A igualdade de direitos; e

  3. O tamanho do mercado.

Além das características institucionais que contribuem para a força do chamado “empreendedorismo rosa”, as transformações na mentalidade dominante que têm ganhado força nos últimos anos também motivam as mulheres a ocuparem um espaço até então dominado por homens.

Camila Farani, diretora do primeiro fundo de investimentos-anjo do Brasil e criadora do Mulheres Investidoras Anjo, diz que cada vez mais se vê mulheres empreendendo não mais por necessidade, mas por opção. Ou seja: a ideia de que o mundo dos negócios não é espaço para mulheres está ficando cada vez mais para trás.

A importância das mulheres nos negócios

Essa “invasão” das mulheres no mundo dos negócios não poderia deixar de ter impacto. Além de ser uma arma no combate da desigualdade de gênero (uma vez que mulheres à frente de companhias de destaque têm mais voz e força para promover outras transformações nesse sentido), o empreendedorismo feminino também traz benefícios para a sociedade como um todo.

Por exemplo, a embaixadora do Dia do Empreendedorismo Feminino da ONU no Brasil, Deb Xavier, vê o investimento em mulheres empreendedoras como um investimento em educação. Isso porque, de acordo com ela, o dinheiro ganho no empreendimento muitas vezes vai para a educação dos filhos.

Além disso, as mulheres empreendedoras tendem a investir na economia local e contribuir para o desenvolvimento sustentável das mulheres.

Toda essa importância não passou batida pelo Governo Federal, que, em 2016, anunciou uma parceria com o Sebrae a fim de incentivar o empreendedorismo feminino. A ideia é, principalmente, garantir autonomia econômica a mulheres em situações de vulnerabilidade social para que elas sejam capazes de sair do ciclo de violência em que vivem.

Não restam mais dúvidas de que o empreendedorismo feminino está chegando para transformar o cenário para melhor! E você, o que pensa desse assunto? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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