Uma pessoa bilíngue tem condições de desvendar o mundo. Ser fluente em dois ou mais idiomas possibilita comunicar-se sem grandes dificuldades em outros países, compreender diferentes culturas, fazer novas amizades e ter maior tolerância à diversidade. E, ainda, facilita a aprendizagem de outras línguas posteriormente.

Com o mundo globalizado e o mercado tão competitivo, ser bilíngue também tornou-se essencial à ascensão profissional. Isso inclui não apenas alçar cargos de maior destaque nas empresas, mas disputar vagas em concorridos processos seletivos acadêmicos. Além disso, quem é bilíngue tem muito mais chances de conseguir trabalho no exterior.

Mas você sabia que o bilinguismo traz inúmeros benefícios para a saúde do cérebro e as habilidades cognitivas? Sim! É sobre isso que vamos falar nas próximas linhas. Acompanhe!

Agilidade no raciocínio e inteligência

O primeiro benefício de aprender um novo idioma está ligado à capacidade de moldar o cérebro a “pensar mais rápido”. Quando nos tornamos fluentes em mais de uma língua, o cérebro alterna as áreas destinadas à fala, escuta e escrita, tornando-se mais flexível e ágil no raciocínio.

Uma pesquisa da University College London descobriu que o cérebro das pessoas bilíngues apresenta aumento da massa cinzenta, na qual está uma boa porção de células nervosas. Quanto maior for essa área, mais rapidamente o cérebro consegue realizar tarefas específicas, o que está ligado diretamente à concentração e ao raciocínio.

Essa informação é corroborada por um estudo da Universidade de Edimburgo, na EscóciaOs pesquisadores concluíram que pessoas fluentes em uma segunda língua apresentam um maior desenvolvimento nas áreas cerebrais ligadas à inteligência e à leitura, independentemente da idade.

Com isso, falar outro idioma ajuda a fortalecer funções cerebrais e aumenta a percepção do ambiente. Isso porque a atenção de um indivíduo bilíngue é redobrada em vários aspectos, como, por exemplo, ao escutar o rádio, assistir a um filme ou conversar na língua aprendida.

Ao realizar essas atividades, é como se o cérebro estivesse “mudando de chip” o tempo todo para conseguir manter uma observação mais apurada de tudo o que ocorre à volta do falante. Assim, comprovadamente, quem é bilíngue consegue ser mais eficiente na resolução de problemas e alcançar maiores taxas de aprendizado.

Maior concentração

Outra razão para o aprendizado de um novo idioma está relacionada ao aumento da concentração, algo necessário para o reconhecimento das estruturas linguísticas, do vocabulário e das nuances do idioma. Parece complexo, mas é o que já fazemos de maneira automática ao simplesmente conversarmos em nosso idioma pátrio.

E essa habilidade não se restringe a questões linguísticas. Ela se estende a todos os contextos, auxiliando o indivíduo a ter foco na realização de tarefas e na tomada de decisões.

Em uma escola bilíngue, por exemplo, o aluno é estimulado em dois idiomas em grande parte do tempo. Com isso, ele precisa reagir rápido e responder da melhor forma naquele momento.

Algumas escolas ministram várias disciplinas, como Matemática, História e Ciências, mesclando o idioma nativo e a segunda língua. Por isso, a concentração precisa ser amplamente estimulada.

O mesmo se estende às outras atividades do dia a dia e, inclusive, ao cotidiano do mercado de trabalho — que, não raro, tem ambientes ruidosos. Uma pessoa bilíngue conta com a capacidade de filtrar informações que a interessam e de realizar tarefas em meio ao barulho.

Avanço na escuta

Essa habilidade é essencial ao aprendizado de qualquer idioma, pois é por meio dela que boa parte da aplicação prática acontece. Afinal, se alguém não consegue ouvir, é incapaz de se comunicar.

Mas as habilidades de escuta avançam a partir do momento em que uma pessoa consegue perceber as sonoridades particulares do outro idioma. Exemplos disso são os sotaques, as contrações, os regionalismos e as próprias entonações das frases, que dão diferentes sentidos ao discurso.

Maior tolerância

Ser bilíngue implica reconhecer aspectos culturais relacionados ao idioma aprendido. Compreender completamente outra língua significa entender costumes, hábitos, estilos de vida e parte da história dos países de origem do dialeto estudado.

Esse aprendizado facilita bastante o estreitamento de laços com culturas distantes. Especialmente o inglês, que, embora não seja o mais falado do mundo, é considerado o idioma universal, permite a conexão entre muitos povos.

Um bom exemplo é a realidade de um navio de cruzeiro. Num transatlântico, moram e trabalham, todos os dias, pelo menos 1.500 tripulantes de 6 a 10 nacionalidades. Há também os passageiros, que podem ultrapassar a casa dos 5 mil. Todos eles são unidos, especialmente, pelo idioma inglês e, de alguma maneira, procuram conviver harmoniosamente.

Dessa forma, quem domina outro idioma também aprende a ser tolerante com as particularidades culturais de outros indivíduos. A pessoa abre a mente para a diversidade cultural, social, étnica, religiosa e sexual a seu redor.

Facilidade para aprender um terceiro idioma

Quando o indivíduo é bilíngue, aprender um terceiro ou quarto idioma torna-se mais fácil. Isso se dá porque o cérebro já compreende o processo necessário para a absorção de uma língua e consegue desenvolver as habilidades exigidas mais rapidamente.

Estudiosos da Universidade de Haifa, Israel, pesquisaram dois grupos de alunos que aprendiam inglês. O primeiro era de crianças oriundas da antiga União Soviética, que falava hebraico fluentemente como segunda língua. O grupo seguinte, por sua vez, era formado por crianças israelenses nativas, sem fluência de outro idioma.

Ao realizarem testes de inglês e hebraico, os pesquisadores constataram melhores resultados no grupo que já era fluente em uma segunda língua. Além disso, surpreendentemente, as notas no idioma hebraico desse grupo também foram maiores.

Segundo um dos responsáveis pelo estudo, o professor Salim Abu-Rabia, “isso ocorre porque as línguas se reforçam e fornecem ferramentas para fortalecer as habilidades fonológicas, morfológicas e sintáticas (…). A aplicação de habilidades linguísticas de um idioma para outro é um cognitivo crítico que torna mais fácil o processo de aprendizagem [de um terceiro idioma]”.

Prevenção de doenças mentais

Pelo que já comentamos, percebe-se que aprender idiomas causa uma verdadeira ginástica no cérebro. A boa notícia é que, assim como tocar um instrumento musical, ser bilíngue também evita ou retarda a deterioração da mente e o surgimento de doenças como o Mal de Alzheimer, que atingem, sobretudo, idosos.

De acordo com um estudo de Ellen Bialystok, psicóloga da Universidade de Toronto (Canadá), os cérebros bilíngues retardam os efeitos do envelhecimento. A equipe de Bialystok investigou, por certo tempo, 102 pacientes de Alzheimer bilíngues e outros 109 monolíngues com o mesmo nível de lucidez mental.

Foi constatado que a doença apresentou-se cerca de quatro anos mais tarde aos bilíngues (em relação aos monolíngues). O mesmo aconteceu com pacientes de demência de idades idênticas: percebeu-se que as limitações físicas aumentaram nos  bilíngues, ao passo que a capacidade cerebral permaneceu praticamente a mesma.

Viu só como ser bilíngue pode mudar sua vida para melhor, incluindo sua saúde física e mental? Então, chegou a hora de ampliar seus horizontes e aprender inglês de forma personalizada e com toda a comodidade possível. Entre em contato conosco e mergulhe nesse incrível idioma!

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